terça-feira, 21 de outubro de 2014

Domingo em família

Já disse várias vezes que somos grandes apreciadores de comida asiática. Quando procuramos um restaurante para descontrair um pouco numa sexta-feira à noite ou para celebrar alguma nova conquista, a escolha de um asiático impõe-se, sem grandes reflexões. E não somos os únicos na família: a prima do meu marido tem uma fixação por tudo o que se relaciona com o Japão. Assim sendo, mesmo quando saímos em família e deixamos a escolha para eles, a pequena acaba por levar a dela avante (para grande desilusão do irmão mais novo, que detesta sushi) e lá voltamos nós a um qualquer japonês de Paris.



Este domingo experimentámos o Matsuri, na Rue du Bac. O Matsuri é um daqueles restaurantes japoneses que utiliza o sistema da passadeira rolante. Em frente de cada cliente, vão desfilando pratos de cores diferentes, com variadíssimos tipos de comida oriental. A cor do prato define o preço, o que significa que, no final, há um funcionário que se aproxima da mesa e conta quantos pratos amarelos, vermelhos, laranja ou cinza temos à nossa frente, para poder calcular a conta.
Conhecíamos o conceito, mas nunca tínhamos experimentado. Concluímos que, a dois, pode ser uma boa opção; mas não em família: foi demasiado estranho tentar desenvolver uma conversa enquanto virávamos constantemente a cabeça, para podermos ver a comida que ia passando e decidir qual o prato que íamos arrancar da passadeira a seguir, qual camaleão à espera de atacar a presa ideal para o jantar.

Esquecendo esse pormenor, o Matsuri é um lugar bastante elegante, com funcionários serenos e de grande simpatia, que tornam a refeição francamente agradável.


Terminada a refeição no Matsuri, passeámo-nos pelas ruas de Paris com uma caixa de macarrons, feitos pela nossa tia, debaixo do braço. Rapidamente alcançámos o Sena e caminhámos ao longo da margem, onde há sempre imensas atividades para famílias durante o fim-de-semana. Perto do Musée d'Orsay, a pequena juntou-se a outros desenhadores na grande lousa que a Câmara de Paris dispôs no muro, para que as crianças possam exprimir-se através de desenhos. Sem espanto, assistimos ao nascer de um desenho "simples" (nas palavras dela), que simplesmente anulou todos os outros à sua volta.
Depois sentámo-nos em frente ao rio, a conversar e a comer aqueles que são para mim, até que me provem o contrário, os melhores macarrons de toda a França!

Adoro dias em família!

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