Passeata pós-natalícia

Nestes últimos dias, andámos a passear de carro pela Europa. Saímos de Paris no dia 26, atravessámos a pontinha Sul da Bélgica e fomos parar ao Luxemburgo.

Natal à francesa

Tinham-me dito que o Natal à francesa é bastante diferente do português, mas imaginei que a diferença residisse apenas no prato principal e não perdi muito tempo a refletir sobre o assunto. Na verdade, quando um francês fala dos costumes do seu país, tenho sempre a sensação de que devemos relativizar pelo menos 30% do que nos é dito. Não é por mal... é só porque tenho a nítida impressão de que grande parte dos franceses sente que a França está para a Europa como os Estados Unidos estão para a América; e, como consequência, sofrem do síndrome 'We're the kings of the world', tal como qualquer americano que se preze.

Fim-de-semana à nossa maneira

Estamos no início das férias de Natal, altura em que Paris se despede de uma grande parte dos seus habitantes habituais. Não é uma despedida definitiva, mas um 'até já'; é apenas o tempo de estes habitantes fazerem as pazes com a azáfama diária que por cá se vive. Não é fácil viver em Paris, tal como não é fácil viver em qualquer outra grande cidade, suponho. Sendo verdade que uma parte do mundo sonha acordada com uma vida aqui, não é menos verdade que uma grande parte da parte do mundo que cá está sonha diariamente com uma vida longe do turbilhão da Ville Lumière. Claro que este não é um sonho genuíno: poucos trocariam este lugar por outro qualquer no mundo. Mas a verdade é que é do conhecimento geral que um parisiense que se preze escapa-se da sua cidade ao fim-de-semana e foge-lhe a sete pés sempre que tem férias.

Diretamente da Tailândia...

Um destes dias fomos experimentar comida tailandesa. Bem... para ser mais precisa, eu fui experimentar; o meu marido, que já deu a volta ao mundo (literalmente!), foi matar saudades. Ter ao lado uma pessoa que conhece tanto mundo e tanta cultura é uma vivência que pouca gente deve ter e eu sinto-me uma privilegiada por poder partilhar todas as aprendizagens que essa aventura lhe trouxe.

NATA Lisboa

Um dos grupos de conversação que tenho frequentado mudou na semana passada o seu ponto de encontro para um café chamado Nata, como explicava o email enviado pela organizadora, que descrevia o local como "un endroit très sympa et pas cher: un miracle dans Paris". Pelo nome, calculei de imediato que fosse um estabelecimento lusitano. Depois, ao investigar, descobri que se tratava de um franchising da casa Nata Lisboa, eleita marca portuguesa do ano.

Natal antecipado

No último fim-de-semana voltámos a Portugal. Foi uma viagem imprevista, que se deveu à voz embargada da minha mãe, do outro lado da linha telefónica, quando lhe confirmei que este ano o Natal teria de ser por Paris, graças aos preços pouco amigos das companhias low cost.

Amigos em Paris

Este fim-de-semana tivemos cá em casa um dos meus maiores amigos. Conhecemo-nos no primeiro dia de praxe, quando chegámos à faculdade, e fomos inseparáveis desde então.

Encontro Internacional de Primos

Na sexta-feira deixámos Paris, rumo a Villefranche-sur-Saône, uma vila a cerca de 30km de Lyon. O motivo: um encontro internacional de primos. Como muitas famílias portuguesas, a minha tem contribuído para o aumento da percentagem de emigrantes do país... por esta altura, começamos a ser vários com saudades de casa!

Musicais em Paris

Decidimos recentemente que o corre-corre do dia-a-dia não pode justificar não aproveitarmos a cidade fantástica em que vivemos! Por isso, temos andado mais atentos a tudo o que Paris tem para oferecer.

Na semana passada comprámos bilhetes para vários espetáculos e ontem fomos assistir ao primeiro: La Belle et la Bête, no Théâtre Mogador.

Meetup

Esta semana descobri as maravilhas do Meetup, um website que pretende criar união entre pessoas que se encontram longe dos seus países de origem. Já que todos estão na mesma situação, o melhor é juntarem-se, divertirem-se e trocarem ideias sobre o assunto – a ideia de base é mais ou menos esta.

Saudades de Paris

Depois de algum tempo em Portugal, devo confessar que percebi que já não sinto apenas saudades do Porto quando estou em Paris; Paris também me faz falta, quando estou no Porto!

Lugar ao Sol

Regressei a Paris, depois de uma semana de sol, abraços amigos e mimos familiares.

Regresso ao que (ainda) é meu

O meu marido ficou a saber há uns dias que teria de marcar presença num seminário da empresa, perto de Lille. Como tínhamos já uma viagem a Portugal planeada para o próximo fim-de-semana, organizámo-nos e alterámos a minha vinda. Cheguei ao Porto ontem à noite.

Descobertas e despedidas

Um destes dias, fiz uma lista de lugares que ainda não visitei em Paris e que me interessam. Por isso, quando a minha cunhada me telefonou ontem, a dizer que lhe apetecia ir a um museu, mas que estava sem ideias, abri a minha lista e fiz-lhe algumas sugestões.

Cinema em Paris

Ontem foi dia de cinema. Por incrível que pareça, ainda não tínhamos ido ao cinema em Paris, apesar de termos falado no assunto imensas vezes. Por falta de tempo ou esquecimento, os meses foram passando, sem que nos decidíssemos a dedicar uma noite ao grande ecrã.

Aniversários, Martinis e Fado...

Este fim-de-semana, voltámos a ter casa cheia. A minha sogra visitou-nos e, como tem acontecido sempre que ela cá vem, a minha cunhada abandonou o seu quarto alugado numa residência no centro de Paris, para habitar temporariamente a nossa mansão e dormir com a mãe, no nosso sofá. Sim, talvez pareça exagerado dizer que quatro pessoas é o mesmo que ter casa cheia; mas acho que já mencionei os nossos 21m2...

Le Café des Chats

A semana passada, o casal de brasileiros quis combinar um almoço comigo e com a Guria de Porto Alegre, num restaurante que tinham descoberto e que tinha a particularidade de albergar uma quantidade considerável da gataria parisiense.

Fim-de-semana romântico

Ontem foi feriado, o que significa que tivemos direito a fim-de-semana prolongado. O segundo consecutivo, visto que o dia 1 de novembro não foi erradicado por cá. Curiosamente, ainda assim, a economia vai funcionando... o que me faz pensar que, se calhar, os grandes senhores de Portugal andam um pouco desviados da essência do problema!

Soirée Internacional (ii)

Ontem foi a nossa vez de receber o grupo de amigos que temos criado por aqui.

É sempre muito bom juntarmo-nos, para trocarmos histórias da nossa vida anterior a Paris, da nossa cultura e da nossa adaptação a esta sociedade, que ainda é nova para nós. Por isso, quando decidimos recebê-los em casa, fiquei bastante entusiasmada.

Surpresas...

Ontem acordei um pouco nostálgica, talvez por já não estarem cá os meus pais e por já não haver planos a cumprir, nem família à minha volta para percorrer as ruas de Paris.

Comecei o dia, como acontece quase sempre, à conversa com a minha maior amiga, aquela que esteve comigo em todos os momentos de altos e baixos e que fez parte da minha vida quase desde que tenho memória.

Aniversário em família

Nem sempre se pode escolher o sítio onde se vai viver e eu não escolhi. No entanto, quando reflito sobre qual seria o meu lugar de eleição (se tivesse de optar por um qualquer no mundo, longe da família e dos amigos), acabo por concluir que, mesmo que tivesse feito uma escolha, estaria, muito provavelmente, exatamente onde estou agora.

O final de uma etapa

Ontem terminei o curso de francês, que iniciei no início de Setembro. Era suposto tê-lo frequentado apenas um mês, mas... um marido persistente pode muito! Tenho de dar-lhe razão, de qualquer modo: é verdade que teria sido pena não aproveitar um pouco mais a qualidade do ensino e o convívio diário com a língua e com pessoas fantásticas.

Mas ontem chegou, enfim, o último dia. No final desta minha última sessão, a 'Guria de Porto Alegre' e a 'Multifacetada Russa' convidaram-me para um almoço de despedida destes últimos tempos em que desfrutámos de um convívio diário.

Família, amigos e mar

Costumava dizer-se que Portugal era o país dos três f's... mas, se falamos dos f's de Portugal, eu guardo apenas um: o de família; e este não constava da lista original.
De resto, para mim, Portugal é o país dos 'a' de amigos e abraços, dos 'b' de bom tempo, dos 'c' de confeitarias e cafés, dos 'd' de dias longos, dos 'e' de emoções, dos 'g' de gente boa, dos 'h' de harmonia e hospitalidade, dos 'j' de jantaradas, dos 'l' de luares, dos 'm' de mar, dos 'p' de praia e primos, dos 'r' de risos e reencontros, dos 's' de saudade, sol e sobrinhos, dos 't' de tios e Tuna...

Almoços em português

Descobri o restaurante L'Auberge St. Séverin em Agosto do ano passado, com uma grande amiga, que veio até Paris passear com a mãe e visitar-nos.

Fiquei fã do ambiente pitoresco, da simpatia dos empregados e da comida tipicamente francesa e extremamente bem confecionada.

Domingo preenchido

Ontem foi um dia cheio! Mas não de trabalho ou cansaço; preocupações ou quebra-cabeças. Foi um dia repleto de sorrisos e gargalhadas; de convívio e de carinho; de momentos em família.

O dia começou cedo, entre arrumações, cozinhados e brincadeiras com os dois felinos cá de casa. Passei a adorar domingos, desde que conheci o meu marido. Até então, domingo era sinónimo de um dia não muito divertido (e até um pouco depressivo), antes da fatídica segunda-feira. Depois, domingo passou a ser sinónimo de acordar sem despertador, ficar na cama a conversar e a rir, tomar um mega pequeno-almoço e fazer maratonas de cinema ou passear a tarde toda e acabar a jantar num qualquer restaurante deserto, porque mais ninguém janta fora ao domingo. O domingo passou a ser um dia de estimação, em que acordo sempre particularmente bem disposta!

Sushi à emporter

Sushi é algo que nos faz sempre crescer água na boca! Em Portugal, o nosso restaurante preferido era o Sakura, na Rua Sousa Aroso, em Matosinhos.

Descobri-o, por acaso, ainda antes de nos conhecermos, com aquela que viria a ser a minha imigrante preferida nos E.U.A. Nessa altura, não gostava de sushi! Mas gostava (como hoje) imenso dela, por isso, não me custava acompanhá-la. O Sakura acabou por se tornar um local de eleição, onde ela matava as saudades do sushi e eu dela! Lembro-me de jantares intermináveis, acompanhados de longas conversas, partilhas pessoais, risos e até algumas lágrimas, que chegavam mais facilmente com a presença da maravilhosa sangria de vinho branco!
Foi com ela que comecei a tentar gostar de sushi e, ainda hoje, o sabor traz-me sempre memórias doces e muitas saudades do tempo em que bastava um telefonema para tê-la por perto!

Almoço internacional

Há um lugar encantador, entre a Rue des Francs Bourgeois e a Rue des Hospitalières St. Gervais, no Marais, que se chama Le Voltigeur.

Até hoje, nunca tinha ouvido falar e não me recordava de ter visto este pequeno refúgio, mesmo sendo certo que já cruzei estas ruas uma mão cheia de vezes.

As tardes com a 'Guria de Porto Alegre'

Quando mudamos de país, não sabemos quem nem o que vamos encontrar. Todo o futuro se resume a um enorme ponto de interrogação; a um caderno de páginas brancas, que devemos preencher, mas ainda não sabemos bem como.

É difícil chegar a um lugar onde tudo nos é estranho e onde não temos um abraço amigo à nossa espera. Durante as primeiras semanas em Paris, fui-me convencendo de que seria realmente difícil criar laços, numa idade em que já toda a gente tem os seus bastante delineados.

Depois conheci a 'Guria de Porto Alegre'. Sorriso aberto no rosto, ar trocista e descontraído, sentido de humor bem apurado. Era apenas mais uma pessoa simpática, entre um grupo de estrangeiros que se esforça por aprender a língua francesa e integrar-se numa sociedade demasiado fechada.

Tardes de Turista

 Queria visitar o Museu d'Orsay desde que vim a Paris pela primeira vez: ficava fascinada sempre que me diziam que, em tempos, foi uma estação de comboios; e não uma estação qualquer, mas aquela cuja parede foi atravessada por uma locomotiva, no século XIX. Há que admitir: é algo bastante fora do comum, que ficou marcado na história.

Celebrating...

Ontem foi dia de festejarmos o nosso casamento.

Soirée Internacional

Para quem, como nós, está fora das suas raízes, fazer novos conhecimentos e amizades torna-se imperativo. Não só porque é sempre bom alargar horizontes e tomar contacto com novas culturas, mas também para o bem da sanidade mental!

Mais uma emigrante...

Nunca fui muito de blogues ou de partilhas online e, estranhamente, continuo a considerar que não sou. No entanto, quando nos faltam o país, a família e os amigos, há qualquer coisa que nos faz ter vontade de partilhar mais do que teríamos gostado noutra altura. E aqui estou eu... a partilhar.

Nos tempos que correm, Portugal transforma-se num país fantasma, onde as famílias se veem obrigadas a dizer adeus aos seus filhos e a seguir a sua vida com a saudade no coração. Os meus pais não foram exceção.