Itália sempre me cativou: pelas belezas naturais, pelos séculos de história admirável, pela sonoridade sem igual da língua e por qualquer outro motivo que não poderia explicar, ainda que tentasse... fascina-me, simplesmente.
Apesar de sempre ter sentido esta quedinha pela bota europeia, a verdade é que estava já bem entrada nos vintes quando pus pela primeira vez o pezinho dentro dela, para um circuito simpático, que incluiu a terra do [também] nosso Sto. António, a romântica Veneza e mais algumas cidades do norte italiano.
Este ano, já não muito longe da entrada nos trintas, voltei (voltámos), para conhecer a cidade que um dia se fez império.
Roma recebeu-nos com um lindo dia de sol e temperaturas bastante agradáveis para a época, o que nos permitiu fazer a fila para a visita do Vaticano sem enfrentar intempéries desagradáveis. No meio de centenas de outras pessoas, lá esperámos pacientemente a nossa vez, coincidentemente à frente de dois casais alentejanos, que falavam e riam tão alto como qualquer português que se preze.
Ao fim de uma hora e meia de espera, conseguimos finalmente transpor a porta da Basílica de São Pedro, que se apresentou imponente perante os nossos olhos. O impacto não se desfez à medida que fomos percorrendo cada altar, até chegarmos ao fundo da imensa construção, que apresenta um corredor com nomes de basílicas e catedrais famosas, mostrando como a de São Pedro é o supra-sumo de todos os templos da igreja católica; assim em jeito de vaidade, vá... De resto, é esta a ideia que trago do Vaticano: um imenso ostentar de riquezas, que se revelam aos olhos dos visitantes a troco de uma boa quantia.
Enfim... questões ideológicas à parte, é algo digno de se ver, sobretudo pela sua vertente museológica.
Nos nossos planos, seguiu-se o Castelo de Santo Ângelo, construído no ano 135 pelo Imperador Adriano, para lhe servir de mausoléu. Continua de pé e em bom estado até aos dias de hoje, uma vez que foi tendo diferentes utilidades, quer para o Vaticano, quer para o poderio italiano. Do terraço onde se ergue o Arcanjo São Miguel, pode desfrutar-se de uma vista fantástica sobre o Rio Tibre, a Ponte de Santo Ângelo e o Vaticano, ligado a este castelo através de um corredor fortificado.
Voltámos a Paris ao final do dia de domingo, não propriamente repousados, mas com o espírito totalmente restabelecido.
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