sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Quase Natal

Para mim, ainda estamos a milhas de distância do Natal!
É verdade que o calendário me diz que faltam apenas 20 dias; é verdade que todas as luzes psicadélicas de todas as ruas parisienses gritam "NATAL"; é verdade que Paris já traz no ar a magia natalícia, envolvida no frio glacial típico desta época.
Mas (e apesar dos esforços do nosso gardien, que enfeitou a entrada do prédio com todos os motivos que alguma vez foram associados ao Natal na história da humanidade), para mim, o Natal ainda está longe.

Falta-me o sol de Inverno de Portugal, as iluminações da baixa portuense e o cheiro a castanha assada nas ruas. Faltam-me os enfeites de Natal do meu pai, pendurados numa árvore que eles não deixam enxergar. Falta-me a nossa árvore de Natal gigante, que continua algures enfiada numa caixa, à espera que um dia tenhamos uma casa onde ela possa caber.
Aqui nunca poderá ser Natal! Mas, para me deixar invadir pelo espírito deste Natal que me é estranho, basta-me saber que o meu Natal espera por mim daqui a poucos dias, de braços abertos e intacto, no lugar onde cresci...

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