
Não satisfeitos com o facto de terem estado indiretamente na origem de uma mudança radical na minha vida amorosa, no meu estado civil e mesmo no país onde hoje vivo, mudaram ainda, nesse verão de 2012, o meu conceito de crepes.
Ela esteve em Paris durante um semestre através do programa europeu Erasmus; e, como grande parte dos estudantes que passam pela Sorbonne, participou das filas de gente que invadem diariamente o balcão desta pequena casa de crepes da Rue Mouffetard. Por isso, anos mais tarde, quis partilhar comigo e com aquele que entretanto se tinha tornado seu marido este pequeno segredo. Nessa altura, encontrámos o Au P'tit Grec fechado, provavelmente para férias. Mas eu decorei o número da porta e voltei com o meu marido, assim que as portas se abriram novamente.
Desde então, este pequeno restaurante gerido por gregos, que fazem melhores crepes do que qualquer francês, passou a fazer parte dos nossos planos regularmente.

Estacionámos o carro no Panteão e lá percorremos a Rue Clothilde, a Rue de l'Estrapade e a Rue Mouffetard, até avistarmos o letreiro azul e branco e a enorme fila, que identificam o Au P'tit Grec. Deve ser realmente frustrante, para todos os muitos gregos e turcos que se aventuraram a abrir uma casa similar nesta rua, tentar competir com este estabelecimento, que quase toda a gente parece preferir a qualquer outro.

Independentemente disso, são os melhores crepes salgados que já comi e ainda não houve nenhuma receita desta casa que me surpreendesse pela negativa!
Somos um pouco viciados no Au P'tit Grec, é verdade; mas, pensando bem, não é de todo o pior vício do mundo...
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