O nosso domingo foi dedicado à visita de Honfleur, no noroeste do país. Tínhamos planeado um dia preguiçoso, de descanso das últimas férias, para que a semana seguinte não custasse tanto quanto a anterior a encarar. Mas o dia estava agradável e acabámos por decidir não desperdiçá-lo em casa.
Depois de duas horas ao volante, chegámos a essa comuna portuária da Normandia, que é conhecida como a cidade dos pintores. De facto, Honfleur inspirou numerosos artistas, aparecendo representada em quadros tão conhecidos quanto os de Claude Monet ou Gustave Courbet. Numa rápida visita, compreende-se porquê: as casinhas características do Vieux Bassin, com fachadas de ardósia refletidas na água, e os barcos acostados no porto causam realmente um certo impacto. De resto, as ruas estreitas carregadas de pequenas lojinhas de produtos regionais, os bares e restaurantes com vista para o porto e a igreja de Sainte-Catherine, toda construída em madeira pelos mestres dos estaleiros navais de Honfleur, completam o encanto desta simpática cidade do estuário do Sena.
Nós visitámos o porto, passeámo-nos pelas ruas e não deixámos de contribuir para a economia local, entrando numa das lojas de produtos típicos para comprar cidra e patês variados. Depois jantámos no Bistrot à Crêpes, curiosamente mais conhecido pelo prato Moules Frites, muito popular em França: trata-se de um prato de mexilhões marinados em vinho branco, que podem ser acompanhados pelo próprio molho de vinho, por molho Roquefort, natas ou uma infinidade de outras opções menos comuns. Seja qual for o molho, a caçarola de mexilhões faz-se acompanhar invariavelmente por batatas fritas. Apesar de o prato não ser novidade para nós, foi exatamente o que escolhemos e devo dizer que nos deliciámos com a iguaria.
Honfleur revelou-se, aos nossos olhos, como um ótimo destino para passar uma tarde solarenga, a passear e a apreciar as lindas paisagens francesas.
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