Mudanças

A cada vez que começo a empacotar os tarecos para me mudar para um novo cantinho, juro que é a última vez (mesmo que saiba que, mais tarde ou mais cedo, voltará a acontecer). Acho demasiado estranho ver toda a minha vida passar-me diante dos olhos e ter de decidir quais as partes que levo comigo e quais as que deixo para trás, num caixote de lixo qualquer, perdidas no tempo e na memória.

S. Valentim em Paris

Vivemos bastante na ótica de que todos os dias são bons para passarmos bons momentos juntos e para festejarmos o facto de nos termos encontrado. Talvez por isso os planos do Dia de S. Valentim sejam quase sempre deixados para a última da hora, sem nunca serem, no entanto, esquecidos.

Journée Pédagogique

Por aqui, chegámos enfim a mais uma interrupção letiva; uma das mais importantes, por sinal, visto que é a época em que quase todas as famílias partem para as montanhas para esquiar. Os franceses adoram as suas ricas férias de Inverno!

Missão cumprida!

Depois de ontem ter chegado aos limites da irritação, a propósito da procura de apartamento, hoje foi o primeiro dia (em três meses) em que cheguei a casa e me sentei no sofá descontraidamente, sem a preocupação de pegar no computador para consultar os últimos anúncios imobiliários. Não por uma questão de exaustão, mas porque encontrámos finalmente o nosso cantinho.

De doidos...

O trabalho dos agentes imobiliários em Paris é da mais pura incompetência... é isto que tenho vontade de partilhar hoje!

Eles não têm culpa, na verdade: porquê fazer um esforço, quando existem 7 526 832 pessoas interessadas em cada apartamento que surge para aluguer ou venda, por mais feio, minúsculo ou velho que seja?!

Tic Tac

Hoje abri a minha página de Facebook e encarei com umas dezenas de fotografias publicadas pela página oficial da escola onde trabalhei durante anos. Invadiu-me uma nostalgia indescritível... Não porque tenha vontade de voltar atrás (não tenho, apesar dos momentos felizes que lá vivi), mas porque me apercebo de que os anos passam e de que as caras deixam de ser familiares demasiado rápido.

De volta

Não desapareci... tenho só andado mais ocupada do que o normal.

Entre o Natal no Porto [Natal no Porto faz tão bem!!]; os atentados do início de Janeiro, que abalaram um pouco o dia-a-dia e deixaram toda a cidade em alerta; o excesso de trabalho; a busca exaustiva de uma nova morada; uma gripe que me atirou para a cama durante uns dias; a aproximação dos exames de BAC dos meus alunos... enfim, uma vida corrida.

Mas estou [estamos] por cá e, com a primeira neve que começa a visitar timidamente a cidade, lembrei-me que às vezes é preciso parar, no meio de toda a azáfama que a rotina nos impõe, e apreciar os pequenos prazeres da vida...