
Em dezenas de fotografias, encontrei talvez uma mão cheia de caras conhecidas e dei por mim a pensar que, apesar de ainda estarem bem vivos em mim todos os cantos daquela casa, todos os procedimentos e todas as manobras de gestão do dia-a-dia que por lá se vivia, o tempo passou. Os alunos que se passeiam naqueles corredores já não são os meus, os colegas que conheci foram (quase todos) à procura de melhor sorte... o tempo passou.
O tempo passa depressa demais e os lugares que foram nossos podem deixar de nos pertencer de um dia para o outro... assim, num piscar de olhos.
Ser professora é também isto: ao vê-los chegar, crescer e partir, vivemos [mais do que os outros] na plena consciência de que o tempo não pára para que desenhemos planos e nos decidamos a cumpri-los.
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