Vivemos bastante na ótica de que todos os dias são bons para passarmos bons momentos juntos e para festejarmos o facto de nos termos encontrado. Talvez por isso os planos do Dia de S. Valentim sejam quase sempre deixados para a última da hora, sem nunca serem, no entanto, esquecidos.
Ontem de manhã propusemo-nos a árdua tarefa de encontrar um restaurante simpático e romântico, em Paris ou arredores, que não estivesse completamente reservado na noite de S. Valentim.
Passámos um bom par de horas na nossa pesquisa, fizemos um sem fim de telefonemas, até que encontrámos um restaurante nas margens do Sena, com uma ementa aprazível e um ambiente que nos pareceu acolhedor e propício a este tipo de celebração. Ficámos surpreendidos, mas bastante satisfeitos, por conseguirmos ainda uma reserva.
Ao verificar a morada, descobrimos a cereja no topo do nosso bolo: o restaurante fica precisamente em frente ao nosso novo apartamento, sobre as margens que avistaremos diariamente a partir da próxima semana.
Saímos de casa a meio da tarde, para nos passearmos um pouco pelo centro da cidade, algo que já não tínhamos a oportunidade de fazer há algum tempo, mergulhados em variadíssimos afazeres [quase todos relacionados com as mudanças], que felizmente estão a chegar ao fim. Fomos visitar a nossa icónica "vizinha", passear um pouco pelas margens do rio e, antes do jantar, beber um aperitivo ao 38, que tem uma daquelas esplanadas tipicamente parisienses.
À hora marcada, dirigimo-nos "a casa", para jantar no restaurante que será nosso vizinho.
A atmosfera que se vive dentro do estabelecimento é não só acolhedora, como bastante elegante. À entrada, fomos recebidos por um funcionário que nos encaminhou até uma mesa com vista diretamente sobre o rio. Toda a sala gritava S. Valentim, mas sem as pirosadas (passo a expressão) do costume: apenas cores quentes na decoração, música romântica e algumas flores aqui e ali.
Já o chef teve o cuidado de criar uma ementa especial para a ocasião: entre os pratos à escolha, nós optámos por uma entrada de salmão, um tornedó de pato e uma sobremesa à base de maracujá. Regalámo-nos do início ao fim da refeição: a leveza no paladar e o requinte na apresentação fizeram as delícias da noite.
O serviço foi um pouco lento, é verdade... mas nestas ocasiões não há pressas e, no entretanto, fomos aproveitando a vista e deleitando-nos com a ideia de que essa será a vista da nossa varanda dentro em breve.
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