domingo, 30 de agosto de 2015

Primos em Paris

Agosto foi o mês da visita dos primos. Sabe sempre bem ter um pouco da família por cá: é uma forma de trazê-los até à vida que temos por aqui e dá-nos a ilusão de tê-los ao virar da esquina, mesmo que isso não seja bem verdade.

Há duas semanas, chegaram os primeiros: a minha prima que vive em Genebra e o irmão, que vive com a mulher e os filhos em Fátima. Quando chegaram, dei por mim a pensar numas férias de Verão, há quase 20 anos, quando fomos os três passar um mês aos Açores. Éramos jovens e eles viviam em Fátima, por isso a oportunidade de passar tanto tempo com eles foi verdadeiramente preciosa.
Mais tarde, ela mudou-se para o Porto para estudar arquitetura no Campo Alegre, ali mesmo ao lado do lugar onde eu estudei também. A ligação e a convivência cresceram, logicamente. Mas com o irmão, muito raramente voltou a haver a oportunidade de passar assim tanto tempo, dias após dia, sem horas contadas, e fez-me realmente bem poder fazê-lo aqui.

Passámos com eles o máximo de tempo que pudemos e levámo-los a conhecer lugares sobre os quais eles tinham curiosidade. Entre os lugares que visitámos juntos, foi novidade para mim a Villa Savoye, em Poissy.
Esta casa foi projetada pelo arquiteto suíço Charles-Édouard Jeanneret-Gris, mais conhecido como Le Corbusier, para a família Savoye, co-fundadora da seguradora Gras Savoye, uma das mais prósperas em França. Erguida entre 1928 e 1931, apresenta-se como uma construção visionária, que poderia perfeitamente datar dos dias de hoje.
A casa tem a forma de um paralelepípedo branco elevado, revestido de janelas. Nos andares superiores, encontram-se dois espaçosos terraços, em dois andares diferentes.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a obra do Corbusier foi ocupada pelos alemães e posteriormente pelos Aliados, que a danificaram gravemente. Mais tarde, em 1965, a obra foi incluída na lista de monumentos nacionais franceses, tendo sofrido desde então vários restauros.
Apesar de a casa não estar tão bem estimada quanto mereceria, a obra fala por si.

Este fim-de-semana, vieram mais primos – casados de fresco, há pouco mais de duas semanas. Infelizmente, não pudemos estar presentes no grande dia. Mas, quando eles chegaram, tínhamos o champanhe pronto para brindar à felicidade deles.
Passaram connosco dois dias e, em dois dias, tentámos dar-lhes uma ideia justa de Paris, visitando com eles os pontos mais turísticos da cidade.

É bom ter primos assim, com quem todos os momentos são especiais. E, sobretudo, é bom tê-los perto de nós!

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