Pelas ruas de Lutécia

Originalmente, a cidade que hoje conhecemos como capital francesa recebeu dos romanos o nome de Lutécia. Apesar de a origem do nome ser considerada incerta, há quem diga que este significava algo como terra branca, já que podia encontrar-se facilmente, nos arredores da cidade, o gesso utilizado na sua construção.
A Lutécia nasceu na Île de Saint-Louis, situada no coração do Rio Sena, e foi precisamente por lá que nos passeámos ontem.


Paris ganha outra vida ao fim-de-semana, quando todos os artistas saem à rua para partilhar a sua música. É absolutamente mágico caminhar pela cidade, com a vista do rio e de todos os edifícios majestosos, enquanto se ouvem canções tipicamente francesas.

Ontem deixámos o carro em casa e, de transporte, dirigimo-nos a Saint-Michel. Passámos em frente à Nôtre-Dame e, ao atravessar a Pont Saint-Louis, deparámo-nos com um pianista que deteve a nossa atenção. Tocava tão bem, que nos encontrámos sentados na berma do passeio, durante quase meia hora, só a ouvi-lo percorrer os dedos hábeis pelo teclado do seu piano transportável.

Continuámos o nosso passeio, pelas ruas antigas e estreitinhas da ilha, parando aqui ou ali para ver uma ou outra loja mais característica. Foi na La Cure Gourmande que perdemos mais tempo, perdidos no meio de tantas doçarias tentadoras. Mas conseguimos controlar-nos e abandonar a loja apenas com um pequeno saco de uma seleção de bolachas deliciosas, que fomos degustando ao longo da tarde.

O Marais completou o nosso passeio. Caminhámos pelas ruas e visitámos a igreja de Saint-Gervais Saint-Protais, que desconhecíamos, mas que nos impressionou, pela delicadeza dos seus diversos vitrais, todos lindíssimos e cuidadosamente estimados.

Ainda continuámos o nosso passeio ao longo do rio, mas eventualmente chegou o frio que janeiro tem oferecido aos finais de tarde parisienses. E, com ele, a vontade de regressar ao conforto do lar.