O cinema francês nunca me cativou, talvez por eu sempre ter sido uma consumidora fiel e compulsiva das culturas britânica e norte-americana. Típico, eu sei; mas a língua inglesa sempre me fascinou, ao contrário da francesa. Tive sempre a sensação de que qualquer mensagem soava melhor em inglês do que em qualquer outra língua. Dei por mim, aliás, inúmeras vezes, a querer traduzir expressões em inglês, que caíam lindamente em determinada situação, sem ser capaz de lhes fazer corresponder uma frase em português à altura.

Facto é que, hoje em dia, gosto de ouvir e de falar francês e até já há frases que me soam melhor em francês do que em inglês. Penso que foi a par deste gosto pela língua que chegou o gosto pelo cinema francês.
Gradualmente, comecei a aceitar que um bom filme pudesse ser falado em francês, talvez por ter deixado de me causar estranheza ouvir a língua francesa na boca dos atores, ou talvez por me ter habituado às maneiras francesas, que nem sempre são fáceis de absorver, para quem não lida com elas diariamente.

Ultimamente, temos visto vários filmes franceses, que me têm enchido as medidas. E devo admitir que, sempre que termina um, mal posso esperar pelo próximo! Na verdade, o cinema francês tem chegado como uma lufada de ar fresco, que vem diferenciar-se dos filmes com finais um pouco previsíveis de Hollywood.
Não quero com isto dizer que prefiro qualquer filme francês a qualquer produção britânica ou norte-americana. But everyone needs a change, once in a while... (esta é uma das tais!)
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