Não sei bem porquê, os presentes materiais nunca me satisfizeram inteiramente. Claro que gosto de receber um miminho aqui e ali, mas não é algo de que necessite ou que determine o meu grau de felicidade. Uma vez que somos dois assim cá em casa, quando toca a presentes, temos o hábito de optar por algo que nos fique na memória: uma escapadinha romântica, uma viagem ou um espetáculo que ambos queiramos muito ver.
Este Natal, o presente que ofereci ao meu marido foi uma viagem a Praga. Chegámos à cidade na quinta-feira à noite, ainda a horas de dar um pequeno passeio e de jantar confortavelmente num simpático restaurante central.

Ao fim do dia, sentíamo-nos realmente rendidos aos encantos de Praga; sobretudo à sua arquitetura imponente e uniformemente planeada, como se nenhum pequeno pormenor pudesse fugir à ordem estipulada.
A noite foi reservada a um jantar romântico de S. Valentim. Uma amiga checa do meu marido, que ele conheceu quando fez o seu ano de Erasmus na Lituânia, reservou-nos uma mesa no U Modré Kachnicky II, um restaurante com um ambiente vintage, cujo nome significa algo como "O Pato Azul".

Enquanto nos guiava até ao segundo andar, o funcionário que nos recebeu ia dizendo aos colegas com quem se cruzava: "It's Mr. C." ou "Mr. C. is here!" e os outros iam sorrindo calorosamente e desejando um bom jantar. Ao entregar-nos ao colega que nos acompanhou o resto da noite, pousou a mão no ombro do meu marido, sussurrando com ar cúmplice: "We've prepared everything for you, Mr. C."
Agradecemos e rimo-nos da situação, enquanto seguíamos o outro funcionário, que nos encaminhou com um largo sorriso até à nossa mesa, num cantinho resguardado do segundo andar.
Para terminar a noite, passeámos ao longo do rio, um pouco sem destino, apenas a aproveitar os ares românticos de Praga pelo S. Valentim.
O dia seguinte foi passado entre amigos: por coincidência, umas das minhas maiores amigas e o marido decidiram passar o S. Valentim na mesma cidade que nós. Marcámos encontro no sábado para um passeio matinal e alguma conversa, antes de os deixarmos para almoçarmos com a tal amiga do meu marido, com quem passámos a tarde toda à conversa, com tempo para ambos se atualizarem quanto às novidades um do outro.
Depois despedimo-nos e regressámos ao hotel, para uma noite de descanso antes do último dia em Praga, que reservámos para a visita da parte alta da cidade.
Saímos do hotel em direção ao castelo, passando pela Igreja de S. Nicolau de Malá Strana. Percorremos a Loretánská até à Loreta de Praga e seguimos até ao Mosteiro de Strahov e seus jardins, de onde tivemos uma vista fantástica sobre a cidade de Praga, o rio Vitrava e o próprio castelo, onde ainda tivemos tempo de entrar para fazer a visita mais curta, que incluiu a Catedral de S. Vitus, o Palácio Real, a Basílica de S. George, a Golden Lane e a Torre Daliborka.
Regressámos a casa com energias renovadas e apaixonados por Praga! Recomendamos vivamente um S. Valentim por lá!
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