segunda-feira, 31 de março de 2014

Zoo de Paris

Este fim-de-semana fomos convidados a visitar o Zoo de Paris, que tem estado fechado ao público desde o final de 2008 para trabalhos de renovação. O Zoo reabrirá as suas portas apenas no dia 12 de abril, mas, entretanto, a empresa responsável pela renovação quis dar aos seus funcionários e respetivas famílias o privilégio de visitar as novas instalações em primeira mão. Ora, essa empresa é precisamente a mesma onde trabalha o meu marido.
Apesar de ainda não ter conseguido definir a minha posição quanto aos jardins zoológicos, aceitei o convite. Na verdade, gosto bastante de visitar locais com animais e espero um destes dias poder levar a minha pequena afilhada a visitar um destes espaços, porque adoro a alegria no olhar das crianças, quando se veem no meio de tantas espécies com as quais não convivem no dia-a-dia. Mas, ao mesmo tempo, custa-me a conceber a ideia de privar os animais do seu habitat natural para proveito do Homem.

De qualquer modo, sábado depois do almoço, preparados para passar uma longa tarde a prestar visita à fauna 'parisiense', deslocámo-nos até ao Bosque de Vincennes, que alberga o parque zoológico.
A iniciativa deve ter sido um sucesso, tendo em conta o número de pessoas que encontrámos no recinto. Os colaboradores da empresa, acompanhados de cônjuges, filhos e netos aderiram em massa à visita, tirando partido do sol e dos raros 25º que se fizeram sentir neste último fim-de-semana de março.
A visita, no entanto, não foi exatamente o que tínhamos esperado, por diversos motivos; alguns alheios aos responsáveis do zoo, outros nem por isso.
A duas semanas da abertura oficial, há ainda várias arestas por limar. Para começar, grande parte dos animais que deverão habitar este espaço ainda não chegaram, o que o torna um pouco pobre. Depois, existem ainda tantas fitas de prevenção nos vidros, que se revela difícil encontrar um espaço livre para desfrutar da vista dos animais que já chegaram. Além disso, há diversos espaços que ainda não estão efetivamente à disposição dos animais, o que significa que muitos deles se encontram fechados em recintos demasiado pequenos para o seu tamanho. Há, por exemplo, cerca de 15 girafas num espaço minúsculo. Se é verdade que, brevemente, terão direito a muito mais, não será menos verdade que é bastante cruel mantê-las assim, ainda que por pouco tempo. Existe ainda a questão de os animais ainda não estarem ambientados ao seu novo habitat, o que significa que se escondem como podem dos olhares humanos. Mas, quanto a isso, nada a fazer: há que dar-lhes espaço e tempo para se habituarem à sua nova realidade.
 
Pelo que vimos, estamos certos de que um dia o Zoo de Paris será um espaço simpático para passear com crianças... mas talvez não nos próximos tempos. Voltaremos daqui a dois ou três anos, para vermos as mudanças, talvez mais bem acompanhados do que anteontem.

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