quinta-feira, 6 de março de 2014

Amigos em Paris (ii)

Este fim-de-semana voltámos a ter visitas cá em casa: desta vez, vieram uma amiga que me é muito querida e o namorado.
Apesar de alguns atrasos no voo, eles encontraram-nos perto das 13h de sábado com o inconfundível sorriso de quem escolheu um lugar tão fantástico quanto Paris para afastar a mente dos problemas do dia-a-dia e da correria do trabalho.
Nós cá estávamos, à espera deles; e, como já é habitual, preparámos um plano de visita, para que eles aproveitassem ao máximo o tempo que passariam connosco. Durante quatro dias, não tivemos descanso, mas corremos Paris de uma ponta à outra: Concorde, Louvre, Quartier Latin, Notre-Dame, île Saint-Louis, Panteão, Champs Élysées, Arco do Triunfo, Torre Eiffel, Versailles, Invalides, Petit Palais, La Défense, Jardins du Luxembourg, Palais Garnier, Galleries Lafayette, Bastilha, Place des Vosges, Montmartre e a praça dos artistas, Sacré Coeur, Moulin Rouge, Pompidou, as imensas pontes, várias igrejas e até a Estátua da Liberdade (a original).

Mas o lugar que acabou por ganhar o coração deles foi a Pont des Arts; não pela comum tradição dos aloquetes, mas porque ela foi palco de um romântico pedido de casamento, ao cair da noite, exatamente naquele momento do dia em que Paris mostra ao mundo o porquê de lhe terem chamado justamente La Ville Lumière. Como bons anfitriões, filmámos e fotografámos todo o pedido, para que os (agora) noivos ficassem com essa recordação para um dia mostrarem aos netos.

Ao longo de quatro dias, estes amigos trouxeram-nos o carinho de Portugal, que nos aqueceu o coração; e, a par disso, trouxeram-nos um belo queijo da serra e um pão-de-ló, para nos reconfortarem um pouco da distância do nosso país. Acreditem ou não, nunca me tinha sentido capaz de provar queijo da serra: o cheiro desencorajava-me sempre. No entanto, depois de eles se terem prestado ao incómodo de transportar o dito queijo durante umas quantas horas, dentro da sua mala, correndo o risco de empestar toda a sua roupa, não tive coragem de fazer-lhes a desfeita e lá comi um pouco dessa iguaria nacional. Surpresa das surpresas, ao fim de quase três décadas de existência, venho a descobrir que sou uma grande fã do famoso queijo da serra. Obrigada, noivos; por esta descoberta e pela companhia!

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