segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Domingo preenchido

Ontem foi um dia cheio! Mas não de trabalho ou cansaço; preocupações ou quebra-cabeças. Foi um dia repleto de sorrisos e gargalhadas; de convívio e de carinho; de momentos em família.

O dia começou cedo, entre arrumações, cozinhados e brincadeiras com os dois felinos cá de casa. Passei a adorar domingos, desde que conheci o meu marido. Até então, domingo era sinónimo de um dia não muito divertido (e até um pouco depressivo), antes da fatídica segunda-feira. Depois, domingo passou a ser sinónimo de acordar sem despertador, ficar na cama a conversar e a rir, tomar um mega pequeno-almoço e fazer maratonas de cinema ou passear a tarde toda e acabar a jantar num qualquer restaurante deserto, porque mais ninguém janta fora ao domingo. O domingo passou a ser um dia de estimação, em que acordo sempre particularmente bem disposta!



Ontem tivemos um domingo diferente. Acordámos com despertador, para prepararmos o almoço para os nossos tios, primos e irmã/cunhada. Como ementa, escolhemos algo bastante português: empadão de carne (apesar de o fazermos, de forma pouco tradicional, com massa folhada) e, para a sobremesa, baba de camelo.
Os nossos convidados chegaram com um vaso de açucenas e sorrisos rasgados, que nos aqueceram o coração. Tivemos a sorte de emigrar para um país onde temos (ainda que poucas) caras familiares, que nos permitem estes pequenos momentos, com a ilusão de que estamos mais próximos da nossa terra e da nossa gente.

Como bons portugueses que somos, passámos a tarde toda à mesa, a conversar. Bem... verdade seja dita: não temos muito mais espaço para convívio cá em casa e penso que atingimos o nosso limite espacial, com sete pessoas em 21m2 (sim, é verdade... as casas em Paris são bastante mais pequenas do que aquilo a que um português se habitua). Depois, eles partiram, porque, por aqui, viver perto pode significar uma hora de viagem; é o caso deles.

Normalmente, a chegada do fim da tarde de domingo significa que não resta muito tempo para fazer planos. No entanto, ontem o dia ainda estava longe de terminar.


Saímos de casa, rumo à Bastille e a um pequeno bar, na Rue de Lappe, chamado Le Bar à Nenette, para mais uma soirée internacional.

Uma mesa cheia de gente com origens em quatro continentes e 
seis países diferentes, fez com que a noite de domingo se tornasse cenário de partilhas de histórias e de amizades florescentes.

Voltámos a casa um pouco cansados e já em sofrimento por pensarmos na hora a que teríamos de acordar no dia seguinte... mas felizes com estes pequenos laços que vamos criando por cá!

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