Ontem terminei o curso de francês, que iniciei no início de Setembro. Era suposto tê-lo frequentado apenas um mês, mas... um marido persistente pode muito! Tenho de dar-lhe razão, de qualquer modo: é verdade que teria sido pena não aproveitar um pouco mais a qualidade do ensino e o convívio diário com a língua e com pessoas fantásticas.
Escolhemos um pequeno restaurante italiano, de seu nome Salento, na Rue du Temple. Pedimos diferentes tipos de pasta e vinho para acompanhar, claro... afinal, celebrava-se o final de uma etapa e (esperemos!) o início de outra.
Conversámos durante horas, à mesa, sobre histórias do passado e do presente e planos para o futuro.
Conversámos durante horas, à mesa, sobre histórias do passado e do presente e planos para o futuro.
Fizeram-se as despedidas e ficaram as promessas de encontros regulares, para não perdermos esta nossa (ainda) jovem tradição, de nos sentarmos num qualquer lugar de Paris, a conversar e a saborear as delícias escondidas desta cidade fantástica.
Deixei-as, um pouco melancólica, e resolvi caminhar pelas ruas de Paris. Ao fim de uma hora, acabei sentada em frente ao Musée d'Orsay, num dos banquinhos com vista para o Sena. E fui surpreendida por uma senhora morena, bem apresentada, que apanhou um anel (aparentemente) de ouro do chão e me perguntou se era meu. Disse-lhe que não e esperei que se afastasse, mas isso não aconteceu. De pé, ao meu lado, continuou a analisar o anel, a colocá-lo e a tirá-lo do dedo e a perguntar-me se não concordava que era bonito. Respondi-lhe que era bonito como qualquer anel, mas que não era meu e, como tal, não me interessava. No entanto, a senhora não arredava pé e eu comecei a achar toda a situação um pouco estranha.

Agradeci às duas raparigas, que pareciam divertidas por terem irritado a criminosa e orgulhosas por terem conseguido salvar a situação, e voltei para casa.
Depois de procurar informação sobre o assunto, fiquei a saber que este golpe (que eu desconhecia totalmente) funciona um pouco como o das assinaturas que os ciganos romenos pedem na rua e que é bastante mais conhecido: a partir do momento em que se pegue no anel, eles exigem dinheiro. Se a vítima não se entusiasmar e não chegar a pegar no anel, eles vão propondo que a pessoa em questão lhes dê metade de um valor estimado do objeto encontrado e que fique com ele, para que se divida justamente a jóia, que é, obviamente, falsa.
Fica o alerta...
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