terça-feira, 19 de novembro de 2013

Aniversários, Martinis e Fado...

Este fim-de-semana, voltámos a ter casa cheia. A minha sogra visitou-nos e, como tem acontecido sempre que ela cá vem, a minha cunhada abandonou o seu quarto alugado numa residência no centro de Paris, para habitar temporariamente a nossa mansão e dormir com a mãe, no nosso sofá. Sim, talvez pareça exagerado dizer que quatro pessoas é o mesmo que ter casa cheia; mas acho que já mencionei os nossos 21m2...
Foi um fim-de-semana planeado para festejos: eu, a tia mais próxima do meu marido (que vive também por cá) e a minha sogra fazemos anos em novembro, com uma semana de intervalo entre a data de cada uma. Por isso, este ano, decidimos festejar em conjunto. Comprámos uma viagem para a minha sogra vir até Paris e dedicámos o fim-de-semana do aniversário dela à festa das três Marias.

A comemoração oficial estava agendada para Sábado e cumpriu-se, no restaurante de sushi que temos aqui perto, já que a minha sogra tinha alguma curiosidade pela comida japonesa, que nunca tinha experimentado. Não se tornou propriamente fã... mas a experiência ficou feita. Depois, juntámo-nos todos cá em casa, para os parabéns. Éramos doze e coubemos todos, o que nos fez sentir quase como se tivéssemos batido um recorde do Guinness.

Aniversários à parte, não foi um fim-de-semana tão festivo quanto se tinha previsto! Mas foi um fim-de-semana cheio, sem dúvida! E as comemorações fizeram-se... mais do que uma vez, na verdade.

Na sexta-feira, uma prima da minha sogra convidou-nos a passar a tarde com ela e a jantar em sua casa. Encomendaram-se pizzas, fizeram-se crepes para a sobremesa e a soirée começou, com Martini a servir de aperitivo. Confesso que não bebia um Martini há muito tempo e não me lembro de algum dia ter sido um dos meus eleitos; no entanto, penso que este fim-de-semana redescobri esta bebida, porque fiquei fã ao ponto de, no dia seguinte, comprar uma garrafa cá para casa, assim como copos de cocktail e azeitonas verdes, para servi-lo decentemente, como manda a tradição.


Ao jantar, falou-se do filme A Gaiola Dourada e a minha sogra comentou que não o tinha apreciado particularmente. A prima, indignada, explicou que ela não devia estar num dia bom quando viu o filme pela primeira vez e insistiu para que todos voltássemos a vê-lo, depois do jantar.
Tal como na primeira vez, ri-me imenso e voltei a achar o filme brilhante! Quando a cena do Fado chegou, era já bastante tarde e o meu marido tinha adormecido no sofá, entre os meus braços. E eu dei por mim a verter algumas lágrimas, ao som daquela melodia tão triste e tão nossa...


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