segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Regresso ao que (ainda) é meu

O meu marido ficou a saber há uns dias que teria de marcar presença num seminário da empresa, perto de Lille. Como tínhamos já uma viagem a Portugal planeada para o próximo fim-de-semana, organizámo-nos e alterámos a minha vinda. Cheguei ao Porto ontem à noite.


O tempo vai passando, mas não elimina a sensação de chegar a casa, quando o avião começa a descer e me mostra o Rio Douro, o mar ou o Porto de Leixões, meu vizinho durante os últimos tempos que vivi em Portugal.
Ao aterrar, consigo avistar o apartamento que trocámos pelo de Paris e dou sempre por mim a pensar: "Olha a minha casa". Não é a minha casa. Hoje, o "nosso" T1 em Matosinhos deve ser habitado por outra pequena família, ou por alguma alma solitária. E espero que sejam tão felizes quanto nós lá fomos. Quando olho para trás, apercebo-me de que foi nesse T1 que comecei a construir a melhor fase da minha vida e que ele me deixa um vasto leque de boas recordações, de alguns dos momentos mais felizes que já vivi.

Agora o T1 já não é a minha casa e esta já não é a minha vida. Mas é ao chegar aqui que o meu coração se acelera e que eu começo a fazer contas ao tempo, para poder ver tudo o que ainda sinto como meu.

Acho que é isto a saudade...

Sem comentários:

Enviar um comentário