sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Musicais em Paris

Decidimos recentemente que o corre-corre do dia-a-dia não pode justificar não aproveitarmos a cidade fantástica em que vivemos! Por isso, temos andado mais atentos a tudo o que Paris tem para oferecer.

Na semana passada comprámos bilhetes para vários espetáculos e ontem fomos assistir ao primeiro: La Belle et la Bête, no Théâtre Mogador.


Chegámos extenuados, depois de nos termos visto presos num engarrafamento colossal, no centro de Paris: um percurso de 20 minutos tomou-nos uma hora. A certa altura, estávamos tão atrasados, que enfiámos o carro num parque de estacionamento e, quando o responsável nos disse que ia fechar e que, se deixássemos o carro, só poderíamos recuperá-lo na manhã seguinte... deixámo-lo na mesma e corremos até à Rue de Mogador.

Quando entrámos no teatro, eram quase 20h. Apesar de ainda um pouco stressados, começámos a deixar que a beleza do edifício nos contagiasse, aos poucos, desde a porta de entrada.
Depois de nos sentarem em lugares melhores do que aqueles que tínhamos comprado, fomos apreciando o espaço, até começar o espetáculo, que nos cativou, desde o início até ao fim.

A partir do momento em que se apagam as luzes, somos brindados com a música da orquestra, perfeitamente coordenada. Depois, abrem-se as cortinas e surgem atores, cantores e bailarinos de grande qualidade, escolhidos a dedo para cada uma das personagens. A acompanhá-los justamente, as decorações, os jogos de luzes e os cenários engenhosos, que transformam frequentemente o palco, contribuindo para criar o ambiente de magia que nos trazem sempre os contos da Disney.
Além disto, as alterações de texto, que acrescentam um pouco do humor francês ao musical, surpreendem positivamente, tal como um pequeno momento de cancan, que não destoa, no quadro geral.

No final, o momento mais emocionante, para mim, foi a transformação de Zip, a pequena chávena, em humano. O papel é interpretado por um menino de voz e feições incrivelmente doces, que apresenta um sorriso meigo sempre que está em cena. O momento em que ele salta para o colo da mãe, feliz por ser um menino outra vez, foi extremamente enternecedor... e não deve ter sido só para mim, porque ouviu-se um "Oh..." comovido na sala, acompanhado por uma salva de palmas intensa, que não deixou ouvir a frase que proferiu. Devo confessar que verti duas lagrimazinhas...

De destacar ainda, as coreografias irrepreensivelmente coordenadas, as vozes afinadas e as interpretações cativantes de todos os atores em palco.

Saímos com um sorriso rasgado nos lábios, esquecemos o carro e descemos até ao Metro, rumo a casa, a cantarolar as músicas do espetáculo.

Recomendo vivamente!

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