terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Natal antecipado

No último fim-de-semana voltámos a Portugal. Foi uma viagem imprevista, que se deveu à voz embargada da minha mãe, do outro lado da linha telefónica, quando lhe confirmei que este ano o Natal teria de ser por Paris, graças aos preços pouco amigos das companhias low cost.
Sentir tristeza na minha mãe é das poucas coisas que não consigo tolerar… talvez por a minha (nossa) felicidade ter vindo sempre em primeiro lugar para ela, tanto quanto para o meu pai. Cada um colhe aquilo que semeia, sempre ouvi dizer; e é por isso que os meus pais só podem colher coisas boas!
Quando a senti assim triste, peguei imediatamente no computador para procurar a viagem mais barata em dezembro e decidi naquele momento que o Natal, este ano, chegaria mais cedo.

E chegou. No Sábado, fizemos um jantar de Natal, que já se tornou tradição, com alguns amigos. Cozinhou-se o peru, como é habitual, e as caipirinhas e o vinho trataram da animação, assim como do sono, que nos foi atingindo, um a um, mais cedo do que o previsto.

O Domingo acordou-nos com uma mensagem de um primo (que não se esqueceu das nossas festas antecipadas), a desejar um feliz Natal, o que me estampou um sorriso no rosto e tratou de começar a criar o ambiente. Depois de um almoço em família, saímos para comprar os presentes para as nossas afilhadas e visitámos um casal amigo, pais de uma delas, para lhe entregar a pequena lembrança, que ela agradeceu com um sorriso rasgado. Melhor do que qualquer “obrigado”, decididamente!
Depois voltámos a casa dos meus pais, onde já se fazia sentir um aroma natalício, com o bolo-rei, a aletria, o bacalhau e a antiga receita de molho fervido da minha avó, sem a qual o Natal não seria Natal. Entretanto, chegaram a minha irmã, o meu cunhado e a nossa pequenina, que fez as delícias da noite: não há dúvida de que a ceia ganha outra magia com uma criança à mesa!

E foi assim que o Domingo, dia 15 de dezembro, se tornou Natal… porque, para mim, Natal é a reunião da família à volta dos pratos típicos que a minha mãe cozinha como ninguém; é a alegria de nos juntarmos para cumprir as tradições com que crescemos; é a árvore de Natal excessivamente decorada pelo meu pai; é a boa disposição provocada apenas pela presença uns dos outros.

Feliz Natal antecipado :)



1 comentário:

  1. Feliz Natal :) Acho que acontecimentos destes são das melhores prendas de Natal que se possa ter!

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