No último fim-de-semana voltámos a Portugal. Foi uma viagem imprevista,
que se deveu à voz embargada da minha mãe, do outro lado da linha telefónica,
quando lhe confirmei que este ano o Natal teria de ser por Paris, graças aos
preços pouco amigos das companhias low
cost.
Sentir tristeza na minha mãe é das poucas coisas que não consigo
tolerar… talvez por a minha (nossa) felicidade ter vindo sempre em primeiro
lugar para ela, tanto quanto para o meu pai. Cada um colhe aquilo que semeia,
sempre ouvi dizer; e é por isso que os meus pais só podem colher coisas boas!
Quando a senti assim triste, peguei imediatamente no computador
para procurar a viagem mais barata em dezembro e decidi naquele momento que o
Natal, este ano, chegaria mais cedo.
E chegou. No Sábado, fizemos um jantar de Natal, que já se tornou
tradição, com alguns amigos. Cozinhou-se o peru, como é habitual, e as
caipirinhas e o vinho trataram da animação, assim como do sono, que nos foi
atingindo, um a um, mais cedo do que o previsto.
O Domingo acordou-nos com uma mensagem de um primo (que não se
esqueceu das nossas festas antecipadas), a desejar um feliz Natal, o que me
estampou um sorriso no rosto e tratou de começar a criar o ambiente. Depois de
um almoço em família, saímos para comprar os presentes para as nossas afilhadas
e visitámos um casal amigo, pais de uma delas, para lhe entregar a pequena
lembrança, que ela agradeceu com um sorriso rasgado. Melhor do que qualquer
“obrigado”, decididamente!
Depois voltámos a casa dos meus pais, onde já se fazia sentir um
aroma natalício, com o bolo-rei, a aletria, o bacalhau e a antiga receita de
molho fervido da minha avó, sem a qual o Natal não seria Natal. Entretanto,
chegaram a minha irmã, o meu cunhado e a nossa pequenina, que fez as delícias
da noite: não há dúvida de que a ceia ganha outra magia com uma criança à mesa!
E foi assim que o Domingo, dia 15 de dezembro, se tornou Natal…
porque, para mim, Natal é a reunião da família à volta dos pratos típicos que a
minha mãe cozinha como ninguém; é a alegria de nos juntarmos para cumprir as
tradições com que crescemos; é a árvore de Natal excessivamente decorada pelo
meu pai; é a boa disposição provocada apenas pela presença uns dos outros.
Feliz Natal antecipado :)
Feliz Natal :) Acho que acontecimentos destes são das melhores prendas de Natal que se possa ter!
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